
O Brasil sofrerá queda menos acentuada em sua economia em 2020, de 5,8%, diferença significativa em relação à estimativa de junho, de contração de 9,1%, conforme estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI), que divulgou nesta terça-feira uma série de projeções para a atividade global.
A expansão no próximo ano no Brasil será moderada, de 2,8%, afetada pela menor demanda doméstica que atinge seu amplo setor de serviços.
Tanto a taxa de queda prevista para o Brasil neste ano quanto a de crescimento em 2021 são as mais baixas entre as principais economias da América Latina. O FMI ressaltou que os prognósticos assumem que o país obedecerá à sua regra de teto de gastos, que limita o crescimento das despesas públicas.
A estimativa oficial do Ministério da Economia é de queda de 4,7% no PIB neste ano, com crescimento de 3,2% no ano seguinte.
O FMI ainda alerta para riscos negativos “significativos” ao país, que incluem uma segunda onda da pandemia, “cicatrizes de longo prazo” de uma longa recessão e choques na confiança devido à enorme dívida pública do país. Saiba mais
Mercado eleva projeção para inflação pela 9ª semana e vê alta de 2,47% em 2020
Em meio ao aumento dos preços, em um contexto de estímulos fiscais e monetários para minimizar os impactos da pandemia de coronavírus, o mercado financeiro elevou, pela nona semana consecutiva, as projeções para a inflação neste ano, de 2,12% para 2,47%.
De acordo com o relatório Focus divulgado pelo Banco Central na manhã desta terça-feira (13), a estimativa é de alta de 3,02% para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021, frente à projeção anterior de inflação de 3,00%.
Os economistas ouvidos pela autoridade monetária praticamente mantiveram a projeção para o desempenho da economia brasileira em 2020, com expectativa de queda de 5,03% para o Produto Interno Bruto (PIB), levemente acima da contração de 5,02% prevista na semana anterior.
Segundo o Focus, a atividade deverá crescer 3,50% em 2021, sem alterações em relação ao último levantamento.
Houve mudança ainda nas estimativas para o câmbio. Agora os economistas veem o dólar encerrando este ano negociado a R$ 5,30 (ante R$ 5,25 previamente), e o próximo, a R$ 5,10 (ante R$ 5,00).
Já com relação à taxa Selic, as projeções foram mantidas em 2,00% ao ano, em dezembro, e em 2,50% a.a., ao fim de 2021. Saiba mais
Europa sofre com segunda onda de Coronavírus
A recuperação econômica da Europa parece cada vez mais abalada, à medida que uma segunda onda de infecções mina o sentimento e o desemprego aumenta à medida que os governos reduzem os esquemas de subsídio salarial.
A pesquisa do sentimento econômico alemão ZEW caiu para seu nível mais baixo desde maio, com novos temores sobre um fim perturbador para o período de transição do Brexit e preocupações sobre resultados contestados das eleições nos EUA se somando às sobre o vírus.
Enquanto isso, o emprego no Reino Unido caiu em uma máxima de 11 anos nos três meses até agosto, à medida que as empresas eliminaram empregos em massa antes do fim programado do esquema de auxílio do governo.
Os dados dos EUA com divulgação posterior incluem a inflação dos preços ao consumidor para setembro e, para aqueles que estão fora de moda o suficiente para se importar, o saldo do orçamento federal para setembro. Saiba mais
Bolsonaro diz que vai se reunir com produtores de soja em meio a preços recordes
O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado que vai se reunir com os maiores produtores de soja no Brasil para discutir o preço da oleaginosa, que tem batido recordes e está impactando a inflação dos alimentos.
Bolsonaro disse que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, está acertando um encontro do governo com os grandes produtores de soja no Brasil, e acrescentou que o “pessoal do campo está feliz” com o maior volume de vendas para a China e a elevação dos preços.
“Semana que vem, com a Tereza Cristina, vamos conversar sobre soja no Brasil. A gente não vai regular, a gente não vai interferir em nada, querer dar uma carteirada, exigir, tabelar, isso não existe, é livre mercado”, disse Bolsonaro em conversa com uma apoiadora transmitida ao vivo nas redes sociais do presidente. Saiba mais
IEA vê pico de demanda de petróleo mais cedo
A Agência Internacional de Energia disse que agora espera que a demanda mundial de petróleo atinja o pico em 2030, como resultado das mudanças permanentes da pandemia na economia. Anteriormente, esperava-se um pico em algum momento da próxima década.
O novo World Energy Outlook da IEA, publicado na terça-feira, diz que a pandemia também acelerou o declínio do uso de carvão em todo o mundo e acelerará a adoção de tecnologias renováveis. Ela espera que as energias renováveis atendam a 80% do crescimento da demanda mundial na próxima década.
O lançamento adiciona uma perspectiva de longo prazo ao relatório mensal da Opep que será publicado na hora do almoço em Viena.
Os futuros do petróleo norte-americano subiam 2,3%, para US$ 40,35 o barril, no entanto, apoiados pela premissa otimista da IEA de que a economia mundial se recuperará vigorosamente no próximo ano, conforme o coronavírus seja controlado. Saiba mais